domingo, 15 de dezembro de 2013

Reunião do núcleo Vale do Sinos no IPHAE-RS

Para responder essa pergunta a arquiteta Miriam Sartori Rodrigues, diretora do IPHAE – Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado do Rio Grande do Sul, acompanhada pela Arquiteta Marília da Lavra Pinto, recebeu o presidente e cinco representantes do núcleo da Defender Vale do Sinos. A reunião aconteceu no último dia 13, na sede do IPHAE,  no Centro Administrativo em Porto Alegre.




Sobre o município de Ivoti, foi discutido o tombamento do Salão Holler, cujo processo foi iniciado em 2013. Frisou-se a importância deste tombamento, que será o primeiro bem cultural na técnica enxaimel relativo a imigração alemã tombado a nível estadual. Abordou-se a questão da delimitação da área de entorno, ainda pendente. Apontou-se ao IPHAE a existência de um estudo anterior realizado pelo IPHAN a respeito do conjunto ali existente, bem como trabalhos acadêmicos que poderão auxiliar na delimitação do entorno. Também em pauta o procedimento adotado pelo IPHAE para avaliar as intervenções que eventualmente possam ser solicitadas na edificação e entorno. Além do Salão Holler, foi discutida a futura alteração do Plano Diretor, que até então prevê prolongamento de vias sobre casas de técnica enxaimel.


Na sequência o assunto foi Parque Histórico Municipal Jorge Kuhn de Picada Café, cujo processo de tombamento estadual foi iniciado em 2013. Segundo o IPHAE-RS, ainda estão pendentes a realização do levantamento topográfico do parque e o levantamento das espécies vegetais por um biólogo. Foi abordada também a questão da legislação que protege o patrimônio do município no que se refere também ao inventário de bens culturais.

Sobre Novo Hamburgo a questão principal abordada foi o Corredor Cultural da rua General Osório, ressaltando-se a importância da complementação do estudo de inventário existente e ainda incompleto. Solicitou-se o compromisso do IPHAE-RS no assessoramento do inventário de patrimônio cultural que o município terá obrigação de finalizar através de acordo com a Defesa Comunitária do Ministério Público. Foi lembrado de um inventário licitado e parcialmente realizado de parte do corredor cultural pela empresa Oscar Escher Arquitetos e Urbanistas, com base nas fichas do IPHAN. Abordou-se também a completa ineficiência da política de preservação em voga no município e a Comissão de Patrimônio Cultural e Natural da cidade, que carece de legitimidade pela ausência de representação da sociedade civil.
Além da situação atual foram discutidas e planejadas estratégias, ações e medidas que devem nortear as ações da sociedade civil na defesa do patrimônio nessas regiões e outras do Estado.

 

terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Participação em Audiência Pública na Promotoria do MP em Novo Hamburgo

Representantes do Coletivo Consciência Coletiva e do núcleo regional da Defender Vale do Sinos estiveram presentes em audiência pública promovida pela Defesa Comunitária da Promotoria do Ministério Público Estadual em Novo Hamburgo (RS).  A audiência teve por proposta ouvir a comunidade e subsidiar um inquérito civil que trata de eventuais irregularidades na manutenção das praças de Novo Hamburgo.
Estiveram presentes Jorge Luís Stocker Jr. e Alexandre Reis. Em sua fala, Jorge abordou a importância da valorização do conteúdo histórico das praças: “Não podemos continuar descaracterizando as praças históricas, que tem materiais de qualidade e uma ambiência propícia. Parte da comunidade tem vínculos afetivos com estes espaços, e o restante pode ser incentivada a conhecer melhor e adotar estes lugares a partir da valorização da sua história”. Jorge também defendeu a qualificação dos projetos de espaços públicos e do mobiliário urbano, argumentando que bons projetos podem qualificar o espaço urbano, o que ajuda a minimizar situações de abandono e depredação.
O delegado regional de Novo Hamburgo, Alexandre Reis, lembrou de espaços públicos que eram referência e que desapareceram: “Quem lembra da praça do Centenário? O local foi um espaço importante de inclusão social no bairro Canudos, com suas quadras esportivas e de skate. Também a praça em frente ao Shopping foi completamente destruída, e a nova praça encontra-se incompleta. A UPA e o trem são obras importantes e até essencial, mas será que era efetivamente necessário perdermos completamente estes espaços para recebermos as novas obras?”. Comentou ainda o péssimo estado em que se encontra um cartão postal do município, a praça em frente a Igreja Nossa Senhora da Piedade em Hamburgo Velho, “tomada de lixo”. Alexandre também abordou a ausência de monumentos nas praças de bairro e periferias, e sugeriu a existência de editais e concursos públicos para que artistas independentes possam participar, democratizando a arte pública.
Também na ocasião foram relatadas algumas ações da campanha SOS Patrimônio Cultural NH, que é realizada pelo Coletivo Consciência Coletiva,– em especial o protesto realizado em frente ao prédio da antiga SEMEC II, no centro da cidade. Informativos foram distribuídos, além de coletadas assinaturas para o abaixo assinado pela paisagem vegetal de Hamburgo Velho, realizado em parceria com o Movimento Roessler.