sexta-feira, 27 de setembro de 2013

Organização do evento ASAEC na Estrada em Jaguarão


Nos últimos dias 26 e 27 de setembro, a ASAEC – Associação de Arquitetos e Engenheiros Civis de Novo Hamburgo esteve em viagem para o município de Jaguarão (RS). No local, foi realizada uma visita técnica nas obras do futuro Centro de Interpretação do Pampa, orientada por um dos autores do projeto, o arquiteto Marcelo Ferraz, do escritório Brasil Arquitetura.
 

Durante a visita técnica, os associados e demais participantes puderam apreciar em detalhes os diferentes aspectos da execução do projeto, que utiliza-se da pré-existência de uma ruína, o prédio da antiga Enfermaria Militar de Jaguarão, tombado pelo IPHAE-RS. O arquiteto Marcelo Ferraz explanou as soluções adotadas, tanto sob o ponto de vista da utilização do espaço quanto da sua construção.

Após a visita técnica, os participantes realizaram um breve city-tour oferecido pela UniPampa, visitando o museu histórico Carlos Barbosa e o centro histórico da cidade. A parte da tarde foi reservada para compras na cidade de Rio Branco.
Esta edição do ASAEC na Estrada foi organizada pela assessoria da entidade (Jorge Luís Stocker Jr. e Daiane Cristina da Rosa) e contou com 18 participantes.

 

segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Sociedade civil protesta contra demolição no Centro Histórico de Hamburgo Velho

A demolição de mais um patrimônio do centro histórico de Hamburgo Velho não foi bem recebida pela comunidade. Integrantes do Coletivo Consciência Coletiva, em parceria com o núcleo regional Vale do Sinos da Defender, marcaram a insatisfação através de dois atos simbólicos no final de semana.
A Casa Koch, construída na década de 20 e situada dentro do perímetro de proteção rigorosa em tombamento federal pelo IPHAN, teve sua demolição autorizada pela Comissão do Patrimônio Cultural e Natural do município. A principal alegação seria a de que uma rachadura inviabilizaria sua restauração. “Conhecemos a casa e sabemos que estava íntegra. Se a suposta rachadura existia, é evidente que se resolveria com intervenções recuperativas. Nenhum colegiado tem o poder de anular um direito coletivo e difuso com uma decisão, é inconstitucional” opina o acadêmico de Arquitetura Jorge Luís Stocker Junior, um dos organizadores do ato público. Para ele “Ainda que de fato estivesse condenada estruturalmente, a casa poderia ser recuperada. E ainda que insistisse na demolição, a Comissão deveria ter submetido o caso ao IPHAN.”
 
 
Para o artista Alexandre de Oliveira Reis, “Esta situação demonstra que chegamos a um limite, pois se permite demolições até mesmo no centro histórico. É insustentável. Precisamos de intervenções urgentes que viabilizem a preservação do patrimônio edificado da cidade” . Alexandre tem atuado na campanha de conscientização SOS Patrimônio Cultural.

Durante a semana, o núcleo regional da Defender Vale do Sinos relatou a irregularidade da demolição a todos os órgãos competentes. Jorge esclarece: “Secretaria de Desenvolvimento Urbano, de Cultura, integrantes da Comissão do Patrimônio, Promotoria do Ministério Público, IPHAN, foram todos avisados da irregularidade a tempo de impedir a demolição completa. Infelizmente não tivemos nenhum retorno. Desemparada, só restou a sociedade marcar sua insatisfação através de atos simbólicos”.



O primeiro ato foi realizado no sábado, dia 14 de setembro, durante o Seminário Regional dos Delegados de Cultura do Vale do Sinos. Representantes do Coletivo realizaram uma manifestação pacífica presentando o Secretario Municipal de Cultura, Carlos Mossman, com uma coroa de flores em protesto a permissão de demolição da Casa Koch. O secretário havia reiterado na imprensa durante a semana sua posição favorável a demolição do imóvel. Ao receber o manifesto, Mossman desequilibrou-se e chutou a coroa a pontapés, assustando os presentes, alguns dos quais se retiraram em protesto.



Já no domingo, dia 15, foi realizado o Cortejo Fúnebre em homenagem a Casa Koch. A manifestação saiu da Rua Piratini em direção ao que restava da casa,  carregando coroas de flores, cruzes, cartazes e marcha fúnebre tocada no violão pelo artista Anderson Claiton. Para Alexandre, “Neste ato a sociedade civil demonstrou que não aceita o ocorrido, não é cúmplice e não pactua com mais esta omissão.” As coroas foram deixadas sob os tijolos da casa demolida, junto de velas e cruz. Foi realizada uma solenidade no local, levantando o histórico do imóvel e sua importância.

O cortejo seguiu até a Casa Grünn, na rua General Osório, onde foi realizado um abraço coletivo na residência. Inventariada e na área em estudo de tombamento federal e estadual, é um dos imóveis mais importantes do centro histórico e encontra-se em acelerada degradação. “Consideramos importante terminar a manifestação com uma ação positiva. A Casa Koch se perdeu com a omissão dos órgãos que deveriam tê-la assegurado. Com este abraço, quisemos marcar que a sociedade não aceita que isto se repita. Uma rachadura não pode cancelar o valor cultural do patrimônio.” declarou Jorge.

Após a manifestação, alguns participantes permaneceram em uma reunião informal no ateliê do artista Alexandre Reis e sede do Coletivo Consciência Coletiva, onde foi debatida a cultura no município. Finalizando, o artista Alexandre Reis fez aos presentes uma exibição pública do seu “Malifesto”, uma intervenção artística que aborda a situação do patrimônio cultural na cidade. Durante todo o trajeto a manifestação envolveu cerca de 35 participantes.

terça-feira, 3 de setembro de 2013

Reuniões na Prefeitura de Novo Hamburgo

Nesta segunda, dia 02/09, representantes do Coletivo Consciência Coletiva e do núcleo regional da Defender Vale do Sinos estiveram na Prefeitura Municipal de Novo Hamburgo, estabelecendo diálogo com a Comissão do Patrimônio Cultural e Natural, com a PGM – Procuradoria Geral do Município, e divulgando a campanha SOS Patrimônio Cultural Novo Hamburgo.

Foi novamente protocolado o pedido de ingresso da entidade na Comissão, visando equilibrar a composição deste colegiado com a paridade entre a sociedade civil e poder público. Estiveram presentes na ação Jorge Luís Stocker Jr.,  Alexandre Reis, e Maurício Montano, participantes do Coletivo Consciência Coletiva e associados da Defender.



Na Comissão de Patrimônio Cultural e Natural, os representantes abordaram uma série de pautas. Entre elas, a preocupação com a Casa Adams, na esquina das ruas Júlio de Castilhos e Silveira Martins, atualmente destelhada. Segundo a Comissão, a informação é de que a casa seria mantida e restaurada, com pequenas alterações funcionais. Além disto, abordaram-se problemas pontuais do bairro Rio Branco, de uma construção no Corredor-Cultural, da regulamentação da publicidade em Hamburgo Velho e o retorno do inventário do patrimônio cultural da cidade ao Plano Diretor, demanda discutida em 2012 no Fórum promovido na cidade, que resultou no documento chamado Carta de Novo Hamburgo.

Em seguida, o grupo reuniu-se com a subprocuradora da Procuradoria Geral do Município (PGM), Gabriela Piardi dos Santos, divulgando a campanha SOS Patrimônio Cultural Novo Hamburgo e reforçando a necessidade do retorno do inventário ao Plano Diretor, e também do tombamento das edificações mais importantes.

Informativos da campanha SOS Patrimônio Cultural Novo Hamburgo, que abordam de forma acessível os benefícios da preservação do patrimônio edificado, foram distribuídos em diversos setores da Prefeitura Municipal.